Embora a infecção pelo novo coronavírus seja oligossintomática na maioria dos pacientes, alguns indivíduos evoluem para síndrome respiratória aguda grave. Diante das alterações homeostáticas e imunológicas na gestação, é questionado se a esta infecção é mais deletéria nas gestantes e se há alguma abordagem específica neste grupo. Este trabalho trata-se de uma revisão narrativa, com intuito de realizar um estudo teórico sobre o tema a partir da produção científica existente. Como base de dados, utilizamos o PUBMED, aplicando os descritores gestação AND COVID-19, selecionando os artigos publicados em 2021. Interpretamos os dados expostos e os catalogamos em quatro temas: COVID-19: manifestações clínicas e desfechos maternos, COVID-19 e desfechos fetais, Risco de transmissão vertical e Orientações sobre o manejo de pacientes gestantes com infecção suspeita ou comprovada. Até o momento, não foi evidenciado pior desfecho em gestantes com COVID-19 em relação à população geral. Observou-se maior incidência de prematuridade na maioria dos estudos. Também se observou que a minoria dos neonatos infectados pelo SARS-COV-2 precisou de suporte intensivo. Sobre a transmissão vertical, ainda faltam evidências sobre a sua possibilidade e probabilidade.Em relação ao manejo das gestantes infectadas, deve-se realizar o mesmo suporte dado à população geral com COVID-19.