Os resultados da cirurgia têm sido superiores ao tratamento clínico ao promover perda de peso sustentada e controle de comorbidades. É crescente o número de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), porém são poucos os relatos na literatura nacional sobre os resultados cirúrgicos, principalmente, no contexto do SUS. Os resultados de perda ponderal podem ser quantificados a partir de determinados parâmetros. Neste artigo buscamos apresentar a eficácia da perda ponderal das primeiras cirurgias bariátricas laparoscópicas realizadas no Hospital José Martiniano de Alencar (HMJMA), instituição do SUS no Ceará. Para tal, revisaram-se os registros de 50 pacientes operados e avaliou-se o decréscimo do índice de massa corporal (IMC), porcentagem da perda ponderal (%PP) e porcentagem da perda do excesso de peso (%PEP). Em nosso artigo, observou-se um decréscimo do IMC de 41 kg/m2 no pré-operatório para 29 kg/m2 em 6 meses. Registrou-se uma %PP global de 10, 21 e28 e %PEP global de 28, 55 e 73 no 1º, 3º e 6ºpós-operatório, respectivamente. Ao comparar os parâmetros de perda de peso das duas técnicas, não houve diferença estatisticamente significante entre GV e BGYR para o período estudado. As cirurgias da obesidade no HMJMA apresentam resultados iniciais satisfatórios de eficácia na perda de peso e segurança compatíveis com outros estudos e se devem ao rigoroso manejo perioperatório, à padronização técnica e à dedicação da equipe multidisciplinar.