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Artigo Original

v. 3 n. 2 (2022)

Complicações agudas de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal por videolaparoscopia

DOI
https://doi.org/10.54257/2965-0585.v3.i2.54
Enviado
maio 26, 2023
Publicado
2023-07-06

Resumo

Introdução: as hérnias inguinais são as mais comuns na população. A indicação cirúrgica é relacionada primordialmente à qualidade de vida do paciente. Por ano, as cirurgias de correção da falha da aponeurose, denominadas hernioplastias, são responsáveis por cerca de 1,5% dos procedimentos realizados mundialmente. Objetivos: Esse trabalho objetiva analisar o desfecho clínico e o perfil de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal videolaparoscópica por meio do estudo de prontuários eletrônicos, avaliando a idade, o sexo, as comorbidades, a técnica cirúrgica, o tempo de internamento hospitalar e as complicações. Metodologia: Esse estudo retrospectivo observacional utilizou prontuários eletrônicos de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal videolaparoscópica entre dezembro de 2020 a dezembro de 2022 no Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar. Resultados: A maioria dos pacientes do estudo foi formada pelo sexo masculino e pela faixa etária entre 46 e 60 anos. Do total de pacientes estudados, apenas 14 afirmaram ser portadores de comorbidades e 36 pacientes negaram procedimentos de hernioplastia inguinal anteriores. O tempo máximo de permanência hospitalar dos pacientes desde a admissão foi de 7 dias. Apenas 11 pacientes do sexo masculino apresentaram complicações relacionadas ao procedimento. Discussão: o aparecimento das hérnias inguinais está relacionado à anatomia que envolve o espaço miopectíneo de Fruchaud. As hérnias podem ser classificadas de acordo com o orifício em que são formadas e a depender da localização e ocorrência ou não de recidiva, as hérnias são classificadas de acordo com Nyhus. As técnicas cirúrgicas utilizadas podem ser divididas em abertas/convencionais e laparoscópicas, com indicações específicas e incidência diferente de complicações. Conclusão: A abordagem videolaparoscópica, apesar dos pontos positivos, possui limitações principalmente pela aptidão dos cirurgiões para realizá-la, pela disponibilidade de equipamento videolaparoscópico e pelo custo.

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